Filhos...Papelaria Zapp...Mamãe Super-heroína

Vocês já sabem que sou mãe da Sabrina né?! vou postar uma foto dela depois..Então, semana passada, fomos lanchar num shoppinzinho perto de casa que tem um ótimo caldo, lá pelas tantas, já tínhamos acabado de lanchar (eu+pai+sabrina) e a Sabrina pediu para ir até a Papelaria Zapp (ela AMA aquela papelaria - de paixão mesmo - tem tudo que ela gostaria de ter - a obsessão é tipo mulher em loja de sapato em liquidação. Foi-se a menina ver o que tinha de novidade na loja, sondar se já tinham vendido o estojo que ela está namorando faz tempo, bisbilhotar os fichários e ler na vitrine da loja os artigos em promoção...Após alguns minutos ela volta pra mesa onde eu e o pai estávamos sentados com uma carinha de choro...Daí eu perguntei, o que foi filha?! Vc acabou de sair daqui tão alegrinha?? O que aconteceu??

Essa menina começou a chorar, dizendo que uma mulher havia lhe mandado a pedir desculpas para o filho dela por ter esbarrado nele... E ela dizendo, mãe eu estava parada olhando a vitrine quando o menino veio correndo de lá (não sei de onde) e bateu a cabeça na minha barriga e caiu no chão, daí veio a mãe dele e me perguntou se eu tinha esbarrado no filho dela e me mandou pedir desculpas...

Ow, na hora eu fiquei muito chateada, eu conheço a minha filha e não passo a mão na cabeça dela quando tenho que corrigí-la - ela estava falando a verdade - e vê-la se sentir humilhada por não ter esbarrado no menino me deixou mais "fula da vida".

Contei até 10, respirei fundo e perguntei:
- Sabrina, onde está essa moça?
Ela respondeu apontando para trás (umas 3 mesas atrás da nossa),
- Ela está ali.
Eu fiz a pergunta que estava entalada na minha garganta:
-Você quer que ela lhe peça desculpas?
E ela afirmou que sim com os olhos marejados e surpresos.

Ah mais eu peguei essa menina pela mão, (devo ter crescido uns 20 centímetros) e me muni de educação (dose dupla) e fui até a mesa da "tal senhora" humilhadora de crianças.

Antes de terminar a história, quero fazer um parêntese: As pessoas são livres né?! mas para gozar de liberdade é necessário ter responsabilidade, pois se eu fosse alguém um pouco mais esquentada eu tinha ido lá e enfiado a mão nessa boa senhora, pior ainda, se eu fosse uma mala e tivesse uma arma teria ido lá e atirado nela??? Ninguém conhece o que se passa no íntimo do outro. A pessoa pode estar de bom humor na hora e deixar passar, como também pode estar de mau humor e aprontar uma quizumba... Vai saber...

Era o dia de sorte dessa senhora, chegamos lá eu e Sabrina, na mesa da mulher: Educadamente dei boa noite e já notei que ela me olhou e olhou para a sabrina com cara de espanto e raiva... Nem respondeu o boa noite (ainda mal educada). Eu lhe falei, estou aqui para pedir que a senhora peça desculpas para minha filha pela forma rude que a tratou, quando lhe mandou pedir desculpas ao seu filho de uma coisa que ela nem causou... - Silêncio geral - Ela começou a aumentar o tom de voz e dizer que era a versão da minha filha e blá-blá-blá...que não iria pedir nenhuma desculpa, que eu não mandava nela, que ela estava num excelente dia, se não iria apelar e me bater etc, etc,...

Com a maior das paciências, eu novamente lhe pedi que apenas pedisse desculpas a Sabrina pela grosseria que tinha feito, que eu não estava alí para criar confusão, estava apenas tentando defender a dignidade da minha filha que estava ofendida pela forma como foi tratada (o que é verdade! eu não estava alí para brigar, puxar cabelos ou sair de olho roxo - cruz-credo). A Sabrina teria que ver que a minha atitude assemelhava-se a de uma leoa defendendo seus filhotes, eu não ia deixar uma doida qualquer jogar o meu nome na LAMA (esse é o momento dramático!!:)).

Acho que a moça acabou entendendo o sentido do meu pedido e pediu desculpas para a menina. UFA (se não eu teria que dar um bom tabefe nela e depois sair correndo!!!)

Sou totalmente a favor da defesa dos filhos! Entendo o sentimento, mas acho inadmissível um adulto interpelar uma criança seja ela qual for sem a presença daquele que o possa defender.

Foi o meu dia de fúria! Mas eu me senti com a alma lavada.